Comemoração com braços cruzados tem sido utilizada por esportistas do mundo todo, mas no caso do volante surgiu de brincadeira dele com o bigode e dos torcedores na internet
Patrick marcou de cabeça o terceiro gol da vitória do Inter por 3 a 0 sobre a Chapecoense, na noite de segunda-feira, e repetiu a brincadeira com o bigode na comemoração. Os braços cruzados, porém, fizeram a torcida lembrar um gesto que tem contagiado esportistas do mundo todo, entre eles Paul Pogba, meio-campista do Manchester United, e Victor Oladipo, do Indiana Pacers, da NBA. E que acabou adotado também pelo volante colorado.
O meio-campista postou em suas redes sociais a imagem da celebração com a hashtag #WakandaForever, que faz referência ao filme Pantera Negra. Na história, adaptada dos quadrinhos, Wakanda é um reino fictício onde vive o príncipe T’Challa, personagem principal de uma obra que tem a maioria dos atores negros e que fez sucesso por disseminar a cultura africana.
– A comemoração começou como uma brincadeira com o meu bigode. Mas teve um jogo que fizeram uma montagem e me chamaram de Pantera Negra. Eu gostei e quero continuar comemorando assim. Passei a usar a #WakandaForever para brincar com o público, que bolou esse apelido fazendo referência ao filme e à história. Quando comemorei assim pela primeira vez, a torcida juntou tudo. Eu achei legal. Então, agora fica a comemoração para os dois: para o bigode e para o Pantera Negra – esclarece Patrick, por meio de sua assessoria de imprensa.
Diante da Chape, Patrick repetiu o movimento dos habitantes do povo de Wakanda, ao cruzar os braços em X. Antes dele, Paul Pogba e Jesse Lingard, do Manchester United, fizeram a mesma comemoração em gols marcados pelo time inglês. No basquete, Victor Oladipo colocou a máscara do Pantera Negra, recebida das mãos do ator Chadwick Boseman, que dá vida ao personagem, no concurso de enterradas da NBA.
O #WakandaForever se alastrou entre os atletas negros também no tênis, futebol americano, rugby... A americana Sachia Vickery e o francês Gael Monfils celebraram vitórias no tênis com o gesto e reforçaram o significado do filme para suas vidas.
– Eu acho que o filme é ótimo, maravilhoso para a comunidade (negra), significa muito. Não é apenas um sinal. É tudo que está acontecendo e definitivamente um grito de que estou apoiando a comunidade dos Panteras Negras – disse Monfils após derrotar o americano John Isner no Masters 1000 de Indian Wells.
Em "Pantera Negra", T’Challa torna-se rei após a morte do pai e comanda uma nação tecnológica na África. O filme foge à regra dos super-heróis para discutir colonização, exploração e refugiados. O sucesso da obra colocou-a no top 10 de arrecadação de bilheteria na história do cinema, com faturamento de mais de US$ 1,2 bilhão no mundo todo.