Zagueiro do Santo André sente a volta aos treinos: "Chega a ser difícil a parte física"

Defensor do Ramalhão concendeu entrevista exclusiva ao Portal Futebol Interior

heliton 090720Santo André, 08 (AFI) - Foram mais de 100 dias longe do centro de treinamento. Foram mais de três meses em casa. A diferença entre treinar individualmente e diante da comissão técnica é visível. Não por acaso, o zagueiro Heliton, do Santo André, tem sofrido nesses primeiros dias de trabalhos.

 

"Chega a ser difícil comentar a parte física depois de praticamente 100 dias dentro de casa. Não é a mesma coisa treinar sob o comando da comissão técnica. Eu, particularmente, treinava todos os dias em casa. Não é a mesma coisa, mas eu tinha algumas ferramentas de trabalho em casa e isso me ajudou a manter a forma", contou o defensor ao Portal Futebol Interior.

"Eu decidi, assim que iniciou a quarentena, marcar rapidamente uma nutricionista para me policiar na minha alimentação, para manter a minha forma. E isso me ajudou muito. Em relação ao físico treinava todos os dias, mas não é a mesma coisa. Os trabalhos são diferentes. Aqui estamos focados em nosso trabalho", completou.

PROTOCOLOS!
Além da diferença de treinos, Heliton revelou que os protocolos contra a pandemia do novo coronavírus também são obstáculos nesta volta aos trabalhos.

"Não só eu, mas como todo mundo, sentimos muita diferença, ainda mais com os protocolos implantados. Sempre nos treinamentos, mantemos a distância de 1,5 metros dos companheiros, algo que não não estamos acostumados. O futebol não proporciona isso. A gente está se adequando. Temos bastante orientações da comissão técnica e dos médicos, mas vem sendo muito diferente", explicou o jogador do melhor clube do Campeonato Paulista.

DÁ PARA SONHAR!
Mesmo diante de tantas adversidades, o jogador acredita que o Santo André voltará forte e pronto para brigar pela classificação e pelo título.

"O Santo André vai voltar firme e forte, independentemente desses 100 dias que ficamos em casa. Creio que muitos vão pensar que o Santo André vai ter uma baixa, mas não. Vamos continuar com a mesma ideia, um time aguerrido, um time com muita dedicação, humildade, pés no chão. A gente foi conquistando nosso espaço. Não é à toa que temos a melhor campanha", argumentou o xerifão ao Portal FI.

"O Santo André é isso, um time muito guerreiro, que não deixa nada nos abalar e independentemente de qualquer time, grande ou não, com grandes nomes ou não, nós sabemos o que queremos e o que vamos buscar. (O Santo André) Vai lutar sempre pelos seus objetivos. E vai conquistar o que nós, o clube, a cidade almeja que não é só a classificação e, sim, o título tão sonhado".

CUIDADOS!
"Temos tomado cuidados contra a pandemia do novo coronavírus e isso vem já de dentro de casa. Saía de casa só para ir ao mercado, à farmácia. Em relação ao clube, temos um protocolo. Na mesa ficam só dois jogadores, temos respeitado a distância de 1,5 metros de distância. Sempre lavamos as mão, passamos álcool... Na academia, após o uso, limpamos cada um dos aparelhos", contou.

VAI E VEM!
O Ramalhão dá prosseguimento à reformulação do elenco. Durante a paralisação por conta da pandemia de covid-19, saíram 11 jogadores, sendo quatro titulares: o goleiro Fernando Henrique, o zagueiro Luizão, o volante Dudu Vieira e o artilheiro Ronaldo.

O clube do ABC Paulista acertou com os seguintes reforços: o experiente goleiro Ivan, ex-Joinville e Chapecoense, o zagueiro Willian Goiano, ex-CRAC, Botafogo-PB, Campinense, Treze e Ríver, o volante Vitinho, ex-Resende, Frburguense, Bangu e Portuguesa-RJ, e o atacante Rafhael Lucas, que vinha disputando o Goiano pela Anapolina e defendeu Coritiba, Paraná, Mirassol, entre outros.

"Graças a Deus, com a sabedoria da comissão técnica, contrataram jogadores que podem suprir essas ausências. São peças fundamentais, que vão chegar para agregar a nossa campanha, aquilo que a gente sempre almeja. Creio que o time que a gente tem vai brigar, sim, não só pela classificação, mas também pelo título", finalizou Heliton ao Portal FI.

OUTRA CASA!
O Santo André tem trabalhado em Vargem, 110 km distante do ABC Paulista. O Ramalhão está sem o Estádio Bruno José Daniel para treinar. A casa do Santo André virou hospital de campanha por causa do novo coronavírus.

Líder geral do Paulistão com 19 pontos, o Santo André vai enfrentar o Santos, fora, e depois recebe o Ituano como mandante. O objetivo é garantir um lugar nas quartas de final e vaga à Copa do Brasil e à Série D do Brasileiro.

Fonte: Futebol Interior